sábado, 8 de agosto de 2009

Em destaque: Prisões Metafóricas



Solicitaram postagem, numa noite curta, às 22healgumacoisa... "eu já estava a escrever quando o telefone tocou..."







Aprecio o entendimento!

















Em destaque: As Prisões Metafóricas



Quando não é a porta, é um fone, uma tampa. Ou ainda chaves, lacres, zíperes.

O que impede a saída, ou mesmo a entrada, normalmente não se dá conta, nem chega a de fato refletir sobre a questão.

Não.

Simplesmente acha estar fazendo nada mais que seu trabalho, garantindo portanto o equilíbrio, a ordem, a maldita e fascinante ordem das coisas, como se tudo devesse continuar onde está. Como se tudo tivesse seu devido lugar. O que também não o exclui.

Também há o medo, a lembrança, a saudade. Prisões abstratas (lotadas), reforçadas interna e externamente, inteiramente, pois...

(como se não fossem criação dessas cabeças cansadas, dessas mentes embriagadas...)

Os sons, ou melhor, os ecos (e isso não é uma continuação), além do fato de não se desistir de certas idéias, as... as idéias.

Pensamentos inconclusos também fazem parte. Cubos.
Prisões metafóricas não se configuram ou materializam. Colidem. Interpretam os dados, analisam (dois ou seis? por que apenas números pares?) e instantaneamente fazem o que de melhor sabem: prendem.

Limitar, restringir, confinar. São todas ações executáveis por coisas tão impalpáveis quanto o vazio genérico da palavra coisa.

O que é deixado de lado, por vezes, e ainda sem arrependimento ou menor senso de percepção, é que dos efeitos colatero-psíquicos-intrapessoais mais incontroláveis e decadentes gerados pelo aprisionamento, a loucura é aquele que mais se assemelha àquilo que tanto se deseja.